Deputado estadual defende políticas de prevenção e enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes
O então secretário de Gestão em Vitória e atual deputado estadual Fabrício Gandini (PSD) foi o responsável pela criação do Memorial Araceli, que conta com um mural de grafite de 1.400 metros quadrados, com o rosto dela, e um grande jardim, no viaduto que também leva o nome da menina, no final da praia de Camburi, além de uma sala na Prefeitura de Vitória, como símbolo do enfrentamento ao abuso e exploração de crianças e adolescentes.
Dia 18/05 é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Mas você sabe por que foi criada essa data? No dia 18 de maio de 1973, portanto, há exatos 50 anos, um crime bárbaro aconteceu em Vitória e comoveu todo o país: a menina Araceli Cabrera Sánchez Crespo, com apenas 8 anos, teve seu corpo desfigurado com ácido, após ter sofrido violência e abuso sexual. Meia década se passou, os acusados foram absolvidos e o crime brutal foi arquivado em 1993. O ocorrido foi um marco e gerou grandes discussões sobre a segurança das crianças.
O maior mural de grafite do estado, produzido em 2017 por sete artistas de forma voluntária – Fel, Nico, Fagundes, Chic, Iran, Maik e Art Oi – também faz uma homenagem, com autorização da família, à menina Fabiane Isadora Claudino, de apenas dois anos, violentada e morta pelo padrasto.
“Falo do memorial com orgulho. É um local para reflexão, para propagarmos a cultura da paz e reforçarmos na nossa sociedade que nossas crianças têm o direito de brincar, de correr, de ser criança… E não tem de passar pelo que ela (Araceli) passou. Nosso mandato atual luta para garantir esses direitos, com políticas de prevenção e enfrentamento a esse tipo tão covarde de violência”, declarou Gandini.
A região virou local de visitação por parte dos moradores e turistas, além de pessoas que lutam contra a violência infantil.
O livro “O caso Araceli: mistérios, abusos e impunidade”, dos jornalistas Felipe Quintino e Katilaine Chagas, traz fatos inéditos do crime, com estratégias da defesa, entrevistas com parentes, com base nas 12 mil páginas do processo judicial e após dois anos de pesquisas.